2015/10/28

O amor

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.  Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Os Três Mal-Amados, João Cabral de Melo Neto

2015/10/23

Fogo azul

Falavam sobre o Piketty, sobre os pré-rafaelitas, sobre o espólio do Eduardo Lourenço. Eram capazes de falar sobre esses temas durante muito tempo, num tom natural, nada forçado, mostrando interesse autêntico em tais assuntos.  Enquanto ouvia aquelas pessoas falar - investigadores, professores universitários, doutorandos, pós-doutorandos -, experimentava alegria, exaltação, deslumbramento, também algum desconforto. Apesar do esforço, muitas vezes, não era capaz de acompanhar as conversas, desconhecia factos, sentia-me perdida perante os autores e livros referidos. Quase sempre, por isso, para não mostrar o meu desconhecimento, remetia-me a um silêncio prudente.

Mas um dia a minha ignorância libertou-se e revelou a sua triste dimensão. Passados alguns anos, se penso nesse episódio, ainda sinto o peito apertado. Almoçávamos no refeitório da biblioteca: eu, o João e um amigo do João, um professor universitário. Esse professor tinha um estatuto diferente no grupo que habitualmente frequentava o refeitório da Biblioteca Nacional. Pela sua carreira académica, pelos artigos escritos em jornais e revistas, era tratado com deferência por todos os outros: calavam-se para o ouvir e raramente o contrariavam. Nesse dia, o João e o amigo entretinham-se com as conversas do costume; eu, como sempre, escutava-os em silêncio e sentia um amor profundo pelo meu namorado. A certa altura, já não sei a que propósito, um deles mencionou que no tempo da ditadura era necessário ter uma licença para usar um isqueiro. A exigência, de tão absurda, pareceu-me brincadeira. Duvidei do que diziam e devo tê-lo feito com espanto genuíno. Não podia ser verdade. Era, asseguravam que era, diziam e insistiam, arregalando os olhos. Por fim, depois de muita birra, pouco convencida, anui. A conversa avançou para outros temas. Até que o João cruzou o olhar com o amigo e os dois começaram a rir. Não conseguiam parar de rir. O assunto de que falavam não se prestava a risos. Percebi nesse instante que se riam de mim.

Senti vergonha, muita vergonha, não só de não saber que durante o Estado Novo era necessário ter uma licença para usar um isqueiro, mas de tudo o que sou, das minhas raízes, dos meus pais, do bairro suburbano onde cresci, dos vestidinhos comprados nos saldos da Zara, do meu esforço para parecer uma mulher que não sou. Senti sobretudo vergonha do meu desejo de pertencer  a um mundo de saber, conhecimento, cultura, habitado por homens e mulheres que liam os livros certos, escutavam os discos certos, sabiam falar dos filmes certos. Odiei o João naquele instante, odiei-o bastante, senti por ele um ódio primitivo, um ódio capaz de um gesto imprevisto. Voltei a sentir ódio igual poucos dias depois, na última noite que passámos juntos. Já na cama, depois de observar atentamente a lombada dos livros pousados na mesa-de-cabeceira, fui para o beijar, para o abraçar e ele, sem uma palavra, afastou o rosto e virou-se para o lado. Na manhã seguinte, recordo-o, levantei-me muito cedo, vesti-me e saí em silêncio. Sentei-me na entrada do prédio a chorar. Sem me tocar, o homem que eu amava fora capaz de me fazer sentir suja, impura, desprezível. Exactamente como me sentia quando o meu marido me possuía sem cuidar da minha vontade. Acho que se, naquela manhã, tivesse um isqueiro à mão, o tal isqueiro para o qual entretanto aprendera ser necessário ter uma licença, antes de sair do apartamento, teria feito uma pilha com os livros de sociologia e, sem hesitação, teria ateado um lindo fogo azul.

2015/10/16

Espelho



No balneário do ginásio, encontro uma rapariga muito parecida com a Régine Chassagne. Por causa da rapariga do balneário, magra, nudez branca, virginal, sem mácula, esta semana, voltei a ler "A Bíblia de Néon", obra escrita por John Kennedy Toole aos dezasseis anos. Voltei também a ouvir os Arcade Fire. Esqueço-me do quanto gosto de os ouvir, esquecida de tudo, presa apenas às palavras. Os Arcade Fire são a única banda que escuto como se estivesse a ler um livro. So can you understand?/Why I want a daughter while I'm still young/I wanna hold her hand/And show her some beauty/Before all this damage is done.

Esferovite

Faltam dez minutos para a aula de natação terminar. No tanque mais pequeno, o Joaquim coloca as pernas sobre o rebordo e, com um impulso, tenta dar uma cambalhota. Mal termina o exercício, procura-me com o olhar. Faço-lhe um leve aceno com a mão, como que a dizer-lhe "Estou aqui, sou a tua mãe e vi a cambalhota que acabaste de fazer". Gaivotas e peixinhos de esferovite, presos por um cordel, pairam sobre a água.  Volto a ler. Procure as razões que o levam a escrever; verifique se elas lançam raízes nas profundezas do seu coração, pergunte e responda a si mesmo se morreria caso o impedissem de escrever. E acima de tudo: pergunte a si mesmo no mais silencioso da noite: tenho de escrever? As cartas que Rilke escreveu a Kappus fazem-me sonhar. Sentada nas bancadas, embalada pelo ronco permanente do sistema de ventilação da piscina, convenço-me de que, com paciência, muito trabalho, um dia escreverei um bom livro. Imagino-me com obra publicada, lida, admirada. Imagino-me finalmente liberta do vazio da vida quotidiana. Essa possibilidade deixa-me de tal forma embriagada de alegria que demoro algum tempo a reparar que Pedro, encostado às grades de protecção da bancada, continua a olhar para mim. Conheço-o do recreio da escola: miúdo feio, de olhos papudos, carapinha sempre despenteada, corpo atarracado a fazer lembrar um texugo furioso. Olha-me de viés, desconfiado. Talvez se tenha apercebido da minha exaltação interior. Sinto vergonha dos meus pensamentos delirantes. Levo a mão ao coração invertido de filigrana que uso sempre ao pescoço. Como um exorcista mostrando a cruz a uma alma possuída, aponto o coração de filigrana a Pedro.

2015/10/15

Quinta da Fonte

Nas encostas da serra, entre o casario clandestino, há quintas abandonadas, cumeadas floridas, oliveiras, figueiras, pinheiros, ribeiros de águas profundas, rebanhos de cabras apascentados por raparigas de cabelo comprido. O bairro, vários blocos de apartamentos pintados de amarelo, surge depois da última curva de Camarate. A primeira visão do bairro, imponente e desoladora, impressiona-me sempre muito.

Mal saio do carro, trémula de excitação, respiro fundo. Dora estende uma toalha de quadrados vermelhos no pequeno jardim da praceta principal. Com cuidado, distribuí por pratinhos de papel o que vai tirando do cesto: empadas de galinha, pastéis de massa tenra, triângulos de pão de forma barrados com pasta de sardinha, fatias húmidas de bolo de laranja. Do cesto de verga, herdado de uma tia holandesa, tira também fruta, uma garrafa com limonada e dois copos de vidro fosco que reserva para essas ocasiões. Olho em redor e rapidamente, muito rapidamente, entro num êxtase inexplicável. Há tanto para ver no bairro! Velhas debruçadas à janela. Estendais vergados pelo peso de colchas e toalhas turcas. Homens, encostados a muros, mudos, quedos, sem nada para dizer uns aos outros. Ciganos de um lado, cabo-verdianos de outro. De vez em quando, a porta do templo adventista abre-se e, aos pares, saem mulheres de bíblias nas mãos. As poucas lojas que existem no bairro têm grades nas janelas e nas portas. Escutam-se constantemente gritos magníficos. De tão absorvida pela vida do bairro sou ingrata para Dora. Mastigo os pastelinhos que, com tanto esmero, ela prepara na véspera sem lhes sentir o sabor.

 “Ana, não estão bons os rissóis que fiz com as sobras do rolo de carne?”, perguntou-me num certo domingo de sol brando. Olhei-a um pouco atrapalhada. A visão dos seus cabelos louros, longos, caídos sobre as costas, naquele instante, fez-me crer na existência de bosques encantados onde as árvores falam aos pássaros e, no lento desabrochar das flores, se apaga todo o terror, toda a dúvida, todo o cansaço do mundo. Puxei-a para perto de mim. Abracei-a. Senti o seu cheiro, a temperatura do seu corpo, os pequenos seios subitamente firmes por baixo da linda blusa azul que lhe ofereci quando fez trinta e oito anos. “És uma mulher extraordinária. Para além de saberes fazer rissóis de carne, gostas do que é belo.”, soprei-lhe ao ouvido. Dora reclinou a cabeça e esperou que a beijasse.

2015/10/06

Duas gemas

Passou a costureira brasileira a caminho da igreja. Parada no semáforo do cruzamento, os sapatos novos a morderem-me os pés, fiquei a vê-la passar. Sexualidade é diferente de genitalidade. Protágoras era sofista. A maiêutica é uma etapa fundamental do método socrático. Ler no tempo certo, não agora que finalmente envelheço e sou bastante tola. Tenho quarenta e três anos. Se vivesse nas margens do Limpopo, onde não se conhece o parto sem dor, seria já avó. Como bolachas de arroz tufado e, se me cruzo com um homem elegante, respiro superficialmente, como um peixe à tona de água, para disfarçar a flacidez abdominal. Às vezes, endoideço e desejo ser amada. Outras vezes, acho que o amor é um sentimento vulgar, que apenas humilha: vive-se melhor sem amor. “Abraça-me com toda a força que tiveres”, pedia ao Reinaldo e ele cumpria o meu desejo. Estrangulava-me. As minhas faces explodiam, violáceas, sentia o peito esmagado, escutava os ossos estalar. “Continua, não pares!”, ordenava. À beira do precipício, prestes a desfalecer, sossegava quando pressentia o vazio definitivo. À noite, enquanto faço o jantar, encontro tesouros extraordinários: ovos com duas gemas, um caracol na alface, gorgulho na lata do arroz, manchas de bolor nos cogumelos. Fico a olhar as gemas sem saber muito bem o que fazer, paralisada por pensamentos absurdos. Tenho uma casa, um carro para passear ao fim-de-semana, um ordenado que paga as contas. Os meus filhos são bonitos e inteligentes. O gato é meiguinho, cheira a pó e sabe escutar. Levo-o para a cama e - exactamente por esta ordem – leio-lhe um poema, uma carta e um conto. Que mais posso querer? Não é bom? Não é tão bom? Não é esta a vida que a lucidez aconselha? Tenho tudo o que sempre desejei e mais ainda. Tenho à minha frente, num aborrecimento que comove, um ovo com duas gemas. 

2015/10/05

Boxe

Vários homens caminham à volta do campo de futebol, uns de calções curtos e tronco nu, outros de capuz na cabeça por causa da morrinha que cai. Três rapazes ensaiam movimentos de boxe. Um negro musculado, de torso triangular, exemplifica como se soqueia. É um entendido. Percebe-se pela postura do corpo, também pela precisão e controlo que imprime aos seus movimentos. Para além de entendido, é canhoto. Protege o rosto com o braço direito, com o esquerdo desenha sucessivas semi-elipses. Escrevo a palavra semi-elipses, sem saber se é assim que se escreve, com hífen, e recordo o escantilhão de curvas que no ciclo preparatório usava para desenhar flores de gordas pétalas nos cadernos. O negro repete várias vezes o movimento até que pára a beber água. É a vez dos outros rapazes tentarem. São desajeitados e flácidos. Sinto uma estranha proximidade àquele grupo, aos rapazes que observo da janela do oitavo andar. Dois homens fardados, guardas certamente, encostados a um muro, conversam enquanto observam a lição de boxe. De que se falará no pátio do estabelecimento prisional? A oficial de justiça boceja de aborrecimento. O seu bocejo é um aviso de que o meu recreio terminou. Largo a janela e volto à sala de audiência. A advogada da parte contrária, uma mulher nova e bonita, tem um pequeno piercing no nariz. De Código Civil aberto, curvada sobre a bancada, completamente alheia à beleza que a rodeia, continua a tirar notas. Estranho o furor, tanta diligência. Nunca fui assim.  Abre-se a porta dos magistrados. Vejo o chão alcatifado de um corredor iluminado, depois uns sapatos pretos bem engraxados. É o juiz que finalmente chega. 

2015/10/02

Amor

No primeiro dia de aulas a professora pediu que os meninos escrevessem um texto. O Joaquim escreveu assim: “Eu fui passear à chuva à tarde e não avia ninguém só um pescador que parecia mau mas era bom e mostrou-me dois peixes e ensinou-me tamam a pescar e disse que os peixes comen minhocas que fazem um casulo”. Fiquei impressionada com o texto. Mal os mais velhos entraram em casa, cansados dos treinos, imobilizei-os na entrada para que o escutassem. O João, rapaz pouco dado às letras, o sentido prático sempre a vir ao de cima, deu uma moeda ao irmão e prometeu que, cada vez que escrevesse um bom texto, lhe daria um euro. A Madalena, muito doce, a pele coberta de magnésio, parou para libertar o cabelo de grampos e elásticos e depois deu-lhe um abraço apertadinho. À noite, como é costume, o Reinaldo telefonou para saber dos miúdos. Contei-lhe as novidades a fugir e logo perguntei “Queres que te leia a primeira composição que o nosso filho fez?”. “Claro”, respondeu e percebi que a revelação desse facto o emocionava. Fiz um esforço para que a voz saísse cristalina. Enquanto lia para o meu ex-marido, ao final do dia, na cozinha, o gato roçando as minhas pernas, senti-me serena, liberta, feliz por o Joaquim ter escolhido escrever sobre o primeiro dia de chuva, feliz pela alegria sincera dos irmãos mais velhos, feliz por, depois de tudo o que passámos, sabermos partilhar o amor pelos nossos filhos. 

2015/10/01

Três vértebras

Em breve esquecerei o rosto de Santo Estevão e tudo o que li sobre “O enterro do Senhor de Orgaz”. É sempre assim. O último quadro que procurei estudar com alguma profundidade foi “A Ronda da noite”. Fi-lo para perceber o livro da Agustina Bessa-Luís. Que sei ainda sobre essa obra? Sei que foi uma encomenda dos arcabuzeiros de Amesterdão, sei que há quem diga que a estranha criança, vestida de branco, é Saskia (?), a mulher do pintor entretanto falecida, sei que alguém leva um frango à cintura e que isso tem um qualquer significado, sei que o quadro originariamente teve outro nome, não me recordo qual,  sei que lhe chamam “A Ronda da noite” apesar de não representar uma cena nocturna, sei que a tela original, gigante, teve de ser cortada porque não cabia na parede onde os arcabuzeiros a queriam colocar. Sei afinal muitas coisas sobre o extraordinário quadro de Rembrandt. Talvez a minha memória esteja finalmente disciplinada e, aos poucos, comece a reter o que é importante. Tenho pena de esquecer o que leio com interesse e entusiasmo. Alguma coisa fica, claro, quase sempre o pormenor estranho, insólito, que, à primeira vista, me parece irrelevante. Desde as aulas de filosofia, quando li alguns textos de “A Câmara Clara”, que sei que tudo o que vejo, escuto, leio tem um puctum, um pormenor que me atrai e não esqueço. Daqui a uns anos, por muito disciplinada que a minha memória se torne, pouco recordarei do que li ontem sobre o quadro de El Greco, mas lembrar-me-ei quase de certeza das três vértebras da grande odalisca de Ingres (no artigo referiam-se as 36 vértebras da odalisca como exemplo dos truques e artifícios que os pintores usam para atingir determinado efeito). Espanta a odalisca de Ingres, não só pelo olhar distante, sobranceiro, pela nudez muito branca, mas sobretudo pelo comprimento das suas costas. Parecem não ter fim. Ingres pintou uma mulher com três vértebras a mais. É o que se diz. É o que dizem os entendidos em pintura e anatomia. É o que vinha no jornal de ontem no artigo escrito por aquela rapariga que foi colega de curso da minha irmã. As três vértebras são o puctum do artigo que ontem li. É quase meia noite. Não tarda nada, ouvirei os sinos da igreja de Nossa Senhora de Fátima. 

(Não é fácil escrever com um gato que insiste em passear a sua felina elegância por cima do teclado do computador.)