2009/10/13

Directores

Vi ontem o debate dos directores dos jornais. O João Marcelino é um autêntico gigolô. A barba, o fatinho levemente acetinado, a camisa preta, a gravata, tudo nele tresanda. Cheira mal. Fede. O José Manuel Fernandes é um senhor. Quero cá saber se esteve mal na publicação da notícia de Agosto, se investigou pouco, se se precipitou. Aprendi a pensar o mundo ao longo dos anos a ler o Público e, confesso, estou triste por ele o deixar. Um dia vi-o à saída do Nimas. Ele ainda era muito gordo. Chovia. Fiquei a observá-lo. Invejei-lhe a companhia, eu que passava mais um domingo de solidão no cinema. Não fosse eu de recato e ter-lhe-ia dado um beijo na boca. À chuva e pelo crepúsculo. Uma mulher agradece como pode. É uma pena que a vida nunca imite a ficção. O Henrique Monteiro é um assombro. Disse ontem tudo o que havia a dizer. Não revelou a tal fonte que fez chegar o mail ao Expresso. Mas para bom entendedor meia palavra basta. Só os tolos não querem compreender. Remeteu o Marcelino à sua grotesca insignificância e viscosidade. Palmas.