2008/03/26

Magenta

O Gustavo fez-me comprar um casaco magenta cintado que, com sorte, usarei depois da desova. Pôs-me também a ler “A Casa Grande de Romarigães”, do Aquilino Ribeiro. Gosto do Gustavo. Tenho um fraquinho por homens fracos, ainda mais desesperados do que eu, que se besuntam com a vergonha do falhanço, que choram, com lágrimas grossas, a amargura das suas vidinhas e que se amedrontam perante a liberdade e o alívio. Não tomam comprimidos suficientes. Erram a veia que cortam. Não enchem os bolsos de pedras quando se atiram aos rios e às lagoas. Gosto do Gustavo por, em tudo, sobretudo na tolice e diletantismo, ser parecido comigo. Só me aborrece que beba.